O Governo de São Paulo, por meio da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP), afirmou nesta última quarta-feira (17), que considera implementar um novo projeto para utilização de plataforma de inteligência artificial, como o chat-GPT, em escolas estaduais. O objetivo é aprimorar os conteúdos digitais na rede de ensino.
Segundo a Seduc-SP, a tecnologia ainda está em processo de avaliação e testagem, para que posteriormente seja validado e implementado nas escolas. O nome da plataforma desenvolvida ainda não foi divulgado. Ainda de acordo com a Secretaria, tudo o que for inserido e reproduzido dentro de sala de aula através da plataforma, será revisado pelos professores responsáveis.
“Esse conteúdo será avaliado e editado por professores curriculistas em duas etapas diferentes, além de passar por revisão de direitos autorais e intervenções de design. Por fim, se essa aula estiver de acordo com os padrões pedagógicos, será disponibilizada como versão atualizada das aulas feitas em 2023”, disse a secretaria em nota.
O que diz a oposição ao projeto
O Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo não concorda com a iniciativa trazida pelo governo. “A substituição de professores por robôs guiados por inteligência artificial (IA) é um escárnio sem precedentes e representa um novo e grave patamar de precarização dos profissionais da Educação e um ataque aos direitos dos estudantes.”, disse a Apeoesp em nota.
Na nota, o sindicato acrescenta que o uso de IA dentro das escolas é um meio que pode auxiliar no processo criativo, mas que “sozinha, a IA comete erros infantis e faz associações equivocadas de informações”. Eles ainda indicam uma preocupação em relação a demissão de professores da rede estadual de ensino e que se posicionaram para impedir que o projeto aconteça.
O que diz o Governo
Em resposta às discussões, o Governador do estado, Tarcísio, falou sobre o assunto: “Nada vai substituir o papel do professor, até porque a responsabilidade do que tá dentro de sala de aula é do professor. [Ele] que sabe como ele vai ministrar, que sabe como ele vai passar o conteúdo”, disse.